APRENDER A AMAR

Banksy



"Nós voltamos porque não aprendemos a amar"

E, criando essa consciência vou caminhando, observando que minhas atitudes podem não ter o retorno que eu esperava porque não adicionei ali o amor, que os relacionamentos podem não ser tão frutíferos porque faltou amor.

O amor, força motriz da vida e da felicidade, onde ele está? Qual é a sua cara?

PORQUE A FITA BRANCA É TÃO CONTEMPORÂNEO

foto divulgação
O menino é o pai do homem, já disseram, o filme A fita branca confirma. Nossa história é traçada na infância. Depois que ficamos donos de nossa sorte, ou adultos, teremos de nos resgatar da infância, se houver condições propícias para isso. Agiremos repetindo os mesmos procedimentos que nossos pais nos incutiram: castigo, falta de amor e a desesperança por não acharmos merecedores de sermos amados. Mudar o rumo da tragédia anunciada faz parte da autorresponsabilidade, através do autodescobrimento.

A fita branca, de Michael Heneke, mostra a geração de um pequeno vilarejo alemão às vésperas da primeira grande guerra. As crianças do lugar bucólico sofrem a educação rígida protestante e cozinham ódio e revolta que, talvez seja essa a mensagem do filme, culmina na juventude nazista.

PORQUE NOS APAIXONAMOS

Quando o homem se apaixona, é movido por uma tempestade de neurotransmissores e hormônios. Ocorre a liberação de dopamina, com ativação dos receptores no córtex pré-frontal e provoca o comportamento semelhante ao do esquizofrênico - pensamento fixo e determinado em alguém. Quando se vê a pessoa desejada, outro neurotransmissor entra em ação - a serotonina, enxarcando o cérebro de sensação de bem estar e prazer. A testosterona faz o indivíduo ficar mais alerta, com os pensamentos voltados para a realização do que for necessário para conquistar o alguém que desencadeou todo este processo. Não se sente mais fome, tem-se dificuldade de dormir, e só se relaxa perto da pessoa "amada".
Tudo isso ocorre provocado pela paixão. E a boa notícia é que ela dura no máximo por dois anos (ah, não posso ser apaixonado a vida toda? sim, mas envolvendo outros sentimentos e não provocando essa enxurrada química no organismo).
Se acaba a paixão, bye bye? Vê-se muito isso. Por isso muitos casais perdem seus interesses por parceiro, e se mandam. Mas, para os seres adultos e que entendem seus objetivos de vida, a paixão vai diminuindo com a diminuição da influência dos neurotransmissores e hormônios e aumenta a participação de outro orgão: o coração. Tem-se a oportunidade de amar alguém. Amar passa a ser ver o outro sem o cavalo branco, sem as vestes do mundo. Passa-se a entender o sentimento terno, a vontade de cuidar, a preocupação com o bem-estar do parceiro. Surge, portanto, a parceria.
Amar é a consequência da paixão, mas nem sempre a paixão pode virar amor. Porque pode se apaixonar a cada esquina (depende da vontade de ser esquizofrênico de cada um, risos), mas não se pode amar o amor -
este, de parceria - tão fácil assim. Porque este amor é derivado da construção de sentimentos mais adultos, mais concretos que as sensação físicas provocadas pela paixão. O amor educa, fortalece, aquece, nos torna mais seguros perante a vida.
Se não for assim, não é amor. E não valerá a pena.
Porque nos apaixonamos? Para perpetuarmos a espécie e para formarmos família e nos diferenciamos dos outros animais.
Amamos quando nos tormanos humanos.

LIMITAÇÃO E LIBERDADE


Ao descobrirmos que, inconscientemente contribuímos, mesmo que sutilmente, com toda e qualquer experiência indesejável em nossas vidas, perdemos o medo do mundo.
Tornamo-nos livres quando enfrentamos e aceitamos nossas limitações.
Não seremos afetados pelas ações dos outros, quando internamente não há uma resposta a estas.
Guia do Pathwork

HANAMI - Cerejeiras em flor







Hanami (apreciar flores) é o nome para o Festival da Flor da Cerejeira, um dos vários MATSURI (festival) que são celebrados ao longo do ano. O Hanami abre o ano escolar e fiscal.

Um homem perde inesperadamente a esposa, ele que nem sabia ter seus dias contados por uma doença terminal. Parte para o Japão ao encontro de sua esposa, sua anima, tentando viver os desejos dela - usando suas roupas e experimentando seu gosto pelo Butô. Através do Butô - dança para a própria sombra - conhece outra parte de sua anima, através da jovem personagem Iou.

O filme é uma aula de Psicologia Jungiana. O pai herói que deixa os filhos sob cuidado da mãe, com intuito de ser o provedor e perde a intimidade com eles. A anima transferida para a esposa. A perda que transforma: o resgate da própria anima através do encontro, no Japão, com o Butô e com o Monte Fuji (tímido, pois vive coberto pelas nuvens).

As cerejeiras em flor são a transformação, o prenuncio de um outro tempo.

CARNAVAL



Alimentar os peixes, cuidar dos gatos e plantas, rir das escolas de samba de SP, deslumbrar-se com as escolas do Rio.
Carnaval - carnevale, carne que se vai. Fica o quê? Depende do que se fez... Eu fiquei bem quieto aqui, na cidade vazia. Quase vazia, acho que estão descobrindo que o charme desta cidade está nesses momentos em que a massa vai atrás da obrigação de ser feliz nos feriados.
Ano novo chinês no Templo Zulai.
Bons filmes, A fita branca e Hanami - Cerejeiras em flor. Ainda relutando para ler Jung in loco. Fiz alguns mapas e meditei sobre o ano de Vênus que começa em março.
Silêncio, céu azul, e está tudo ótimo.

FELICIDADE


Felicidade é uma viagem, não um destino.
Quem tem um porquê viver, encontrará, quase sempre, o como. Nietzsche

Olhar para o caminho é entender as perguntas. O trabalho de autodescoberta é a transformação do chumbo em ouro, a nova alquimia.

AMOR - Quiroga



Amor não é mero sentimento, é expressão de uma verdade cósmica - a de haver apenas uma vida que circula livremente por todas as entidades, sejam essas galáxias, reinos inteiros da natureza ou indivíduos.

Não sinto esse amor, mas de sabê-lo me propõe iniciar o caminho.